Prevenção ao suicídio

Published by Dr. Lucas Fortaleza - Psiquiatra on

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Quem está passando por momentos difíceis pode ter sentimentos de tristeza ou até pensamentos de que não tem motivos para viver suficientes. Entretanto, suicídio é um ato irreversível para um problema temporário. Existem outras maneiras bastante eficazes de aliviar o sofrimento. Com ajuda especializada é possível superá-lo e recuperar a qualidade de vida.

Há muitos remédios psiquiátricos e estratégias psicoterápicas que podem ser utilizadas por profissionais de saúde mental. Recomenda-se consultar psiquiatra ou psicólogo(a) caso haja sintomas emocionais, sinais de depressão ou ideias suicidas. Vários fatores contribuem para a redução do risco de suicídio. Um tratamento bem-sucedido requer o máximo de atenção e apoio por parte dos familiares.

O que fazer quando há risco de suicídio? A seguir estão algumas estratégias (extraídas do livro Como lidar com o risco de suicídio: guia prático para pacientes, familiares e profissionais):

  • Formar uma rede de apoio próxima ao paciente com familiares, amigos e até colegas de trabalho que possam ser orientados sobre como agir. Uma boa rede de suporte protege o paciente!
  • Limitar o acesso do paciente a meios potencialmente perigosos, como objetos cortantes, arma de fogo, cordas, medicações e venenos, é uma boa estratégia de prevenção.
  • Ouvir com atenção, sem julgamentos ou crítica cria uma relação de confiança entre o paciente e aqueles de lhe oferecem ajuda. O suicídio não deve ser visto como expressão de covardia ou fraqueza.
  • Evite comentários do tipo “Mas você quer se matar por causa disso?” ou “Já passei por coisas piores e não pensei em suicídio”. Isso não ajuda, apenas banaliza o sofrimento. Evite frases clichês como “Tudo vai ficar bem” ou “Pense positivo”. Mostrar que entende seus sentimentos e incentivá-lo a buscar ajuda funciona melhor.
  • Tente fazer a pessoa lembrar-se das razões pelas quais vale a pena viver. Relembrar-se da família, dos amigos e do trabalho pode servir de motivação para continuar vivo e buscar ajuda.
  • Ter uma crença e pertencer a grupos e atividades religiosas protege contra o suicídio e pode também fazer parte da rede de apoio e prevenção.
  • Nunca tente lidar sozinho com alguém que tem pensamentos suicidas, sempre acione uma rede de ajuda (familiares, médico, psicólogo). Resista à tentação de tentar fazer um acordo e deixar que a pessoa busque ajuda sozinha depois. A ajuda deve ser imediata!
  • Reforçar a procura por ajuda especializada diminui o preconceito. Se você está passando por uma situação como essa ou conhece alguém que está em risco, busque tratamento. Na maioria dos casos, há uma doença psiquiátrica que precisa ser tratada.

Para obter auxílio imediato, pode-se entrar em contato com o Centro de Valorização da Vida.